quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sou mãe há oito anos!

Parece que foi ontem que o Gabriel nasceu... essa frase clichê é tão real quando falamos de filhos! Eles crescem, mudam, vão nos deixando aos poucos, mas a marca de quando viramos pais e mães, não desaparecem!

Há exatos oito anos nascia meu primeiro filho, Gabriel. Não fui uma mãe convencional, com os temores de mãe de primeira viagem. Tirei de letra, tive poucos sustos. Parte disso é porque sou assim mesmo, mas outra é porque não estava tão conectada com a maternidade. Acreditava que era parte da vida, só. Assim como era esposa, profissional, também tinha que ser mãe.

Que bom que me enganei, e mesmo que um pouco tarde, consegui viver (e vivo) a maternidade plena. Cheia de alegrias e tristezas. Esperança e decepção. Desafios e conquistas. Ânimo e cansaço (muito, rs).

Conviver com o Gabriel é fácil, desde bebê, dorme muito bem a noite, é amoroso, carinhoso, uma delícia de apertar. Nao dá quase trabalho.
Agora, ser mãe dele, nem sempre é fácil. Porque pra ser mãe e pai, precisamos nos olhar, ver nossas falhas, ouvir nossos filhos, aprender a pedir perdão, aceitar nossos limites e dos nossos filhos.
Pra ser mãe/pai é preciso estar disposto a aprender mais do que ensinar...

O Gabriel tem muita coisa minha. O físico e muito do emcional. Adoro ver essas coisas nele. Algumas coisas sofro porque "acho" que ele vai sofrer. Mas, é bom demais vê-lo crescer.

Hoje é o primeiro aniversário que ele passa longe de mim (o primeiro de muitos...). Acho que ele herdou as rodinhas do pé do tio dele, e está comemorando seu aniversário no Chile, em pleno Vale Nevado, presente dos meus pais.

Só posso te agradecer, filho amado, pelos 8 primeiros anos de convivência e muito aprendizado. Sei que erro muito, mas ainda acho que acerto mais... pelo menos posso ver refletido em você muitas coisas boas que eu sou!

Feliz aniversário para nós dois. Oito anos de vida para você. Oito anos de mãe para mim!


Te amo, do jeito que você é!!!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aos mestres com carinho

Eu tive alguns professores muito importantes na minha vida e quero deixar uma pequena homenagem a eles. Com certeza, a maioria nunca lerá ou saberá desse texto, mas vale como incentivo para demonstrarmos valor enquanto estamos ao lado das pessoas importantes para nossa vida.

Morá Miriam - Estudava numa escola judaica em Santo André, e a Morá Miriam foi minha professora da primeira a quarta séries. Tenho certeza que a facilidade que tenho para interpretação de texto, escrita e desinibição para falar em público são frutos do seu trabalho. Ela ainda fazia aniversário no mesmo dia que eu! Gostaria de revê-la!

Professor William - Foi meu primeiro professor de natação. Minha mãe conta que fiquei chorando no colo dele na minha primeira aula e só no fim da aula coloquei o pé na piscina. Lembrar disso eu não lembro, era muito pequena, mas tenho fascinação por nadar, por coincidência, voltei a ter aulas de natação nessa semana...
O Professor William, alguns anos depois, tornou-se o levantador William, da seleção brasileira de volei, que conquistou medalha de prata nas Olimpíadas. Especial demais!

Professor Paulão, Fábio, Plínio e Arlete - Todos foram professores de educação física ou meus técnicos de volei. Amo esportes, em especial, volei, que joguei por muitos anos. Hoje, olhando pra tras, gostaria de ter tido coragem para seguir essa carreira, acho que tinha jeito! Todos foram muito amigos, especialmente, Arlete. Minha última professora de educação física no SENAI. Matei muitas aulas naquela quadra... Vivia naquela quadra, jogando ou confidenciando dores, amores, temores de adolescente! Saudades...

Manoel Bononato - Aquele professor que todos querem ter. As aulas, ninguém perdia. Brincalhão, conselheiro e anos mais tarde, meu padrinho de casamento. Inesquecível...

Sei que todos tiveram alguma importância, até os que eu odiava... rs. Mas esses citados, sem dúvida, deixaram marcar profundas!

Tive também professores que não eram de formação, mas que ao longo da vida tanto me ensinaram! Obrigada a todos!

Desejo um dia especial a todos e que essa pequena homenagem seja um incentivo e uma certeza de que a dedicação de vocês valeu a pena! Pelo menos pra minha vida...


Cassia Carrenho

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A mágica da amizade

Quando somos pequenos, não escolhemos os amigos. Simplesmente saímos por ai confiando nos rostinhos que encontramos no parque, na escola, na rua, na igreja e até mesmo na sala de espera do pediatra. Temos alguns amigos escolhidos, mas pelos nossos pais, que escolheram ser amigos dos pais dele.

Todos são nossos melhores amigos por cinco minutos. Até alguém dizer que não foi gol, não emprestar o boneco do batman ou o carro da barbie. Não sou mais seu amigo, até logo mais... depois tudo volta ao normal.

Vamos crescendo e daí começamos a escolher. Tem a turma do futebol, os do karatê, da natação, do inglês... Já não somos amigos de todo mundo, mas esperamos ansiosos que todos estejam no nosso aniversário de 9 anos.

Então chega uma idade esquisita. Nos juntamos em bandos esquisitos. Falamos a mesma língua esquisita. Xingamos nossos pais esquisitos. O bando é nosso melhor amigo, falamos tudo para todos, e é ali que nos sentimos seguros e amados. Mesmo que a gente nem pense nisso... A gente já não quer ser amigo de todo mundo, por sinal tem uns que queremos longe, mas no nosso bando queremos ser reconhecidos e sempre convidado para as baladas.

Viramos jovens, a vida começa a ficar mais séria. Nosso bando passa a ser um trio. Um trio muito unido pelas semelhanças e diferenças. Adoramos ver as conquistas dos outros, mas uma certa dor de cotovelo aparece quando sua amiga aparece com o namorado novo... aquele gato que você viu primeiro! O trabalho limita os encontros aos fins de semana, que algumas vezes vira mensal. Mesmo assim, sabemos e podemos contar com eles, como um casamento, na alegria e na tristeza.

Envelhecemos... sim, porque depois que ficamos jovens, só envelhecemos!!! Casamos, temos filhos, uma vida profissional. Começamos a chamar os amigos de colega, os melhores amigos viram velhos conhecidos e nossa grande alegria é encontrar todo mundo no orkut. Aprendemos a nos virar sozinhos, nossa família direta passa a ser nosso grande e único melhor amigo.

Morremos muitas vezes só. Ou, com poucos colegas ao nosso redor e nossa família, que sim, continua lá. Ao longo da vida deixamos de viver a mágica da amizade.

A amizade pode ser uma casa cheia de amigos aos domingos para um churrasco. Pode ser um almoço rápido no meio do dia. Ou uma visita de horas e muitas lágrimas e alegria. Pode ser um “te considero” no meio da bebedeira ou uma oração sincera no meio do caos. Amigo é ir e vir. Consolar e ser consolado. Amar e ser amado.

Tenho uma dezena de amigos e um trio de melhores amigos que enche minha vida de paixão. Que cada um de vocês sinta-se abraçado, beijado e amado por mim hoje, no dia do amigo, e sempre!

Cassia

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Primeira DikaBoa do DikaBoa

Acabei de ler o livro Laowai (Estrangeiro em chinês) escrito pela repórter Sônia Bridi, da editora Letras Brasileiras. O livro é delicioso! Já li alguns livros sobre a China, a maioria conta sua História, principalmente sobre a Revolução Cultural, as crueldades de Mao Tse Tung e algumas histórias comoventes dos sobreviventes desse período.

O grande diferencial é que Laowai conta isso como se estivéssemos recebendo esses personagens nas nossas salas para um chá (lógico!). Um livro leve, com muito humor, onde podemos colar nosso retrato 3x4 no corpo da repórter, por que temos a certeza que tudo aconteceria conosco se estivéssemos em seu lugar.

O único problema é que nos dá uma vontade enorme de degustar as delícias gastronômicas que quase sentimos o cheiro, de ver as paisagens descritas e de abraçar (acho que os chineses não iam gostar disso...) cada chinês citado no livro!

Quem sabe um dia não vivo a minha experiência de Laowai na China!
Enquanto isso, vai a dikaboa de um ótimo livro.

Ah, meu obrigada especial ao Tropeço e Kelly que me presentearam com o livro!

Abraços e boa leitura

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Minhas razões para ser mãe!

Razão 1: Gabriel
O Gabriel me ensina todos os dias a me olhar e assim mudar o que quero. É no Gabriel que encontro muito de mim e do que vivi. Com ele choro as tristezas e as vitórias. Me ensina que o coração vale muito... Obrigada pela paz que tenho com você!

Razão 2: Paolo
Ah, esse me ensina a brigar, a lutar, até a esperniar! Também me ensina que carinho é bom! Ser mãe dele é muito desafiador, me leva as extremidades... Do doce ao azedo! Obrigada pela adrenalina!

Razão 3: Rafael
Me ensinou o que é ser mãe por prazer, por vontade, não como uma seqüência lógica da vida. Não sabia que minha paciência era tão pequena até ele chegar, nem imaginava que um ser tão pequeno já soubesse se impor tanto. Acho que será o que mais passará ileso dos traumas da mãe!
Obrigada por me ensinar que não preciso controlar tanto!

Razão 4: Esther, minha mãe
Tenho muito da minha mãe. E o exemplo dela como mãe me ensinou, e hoje ensina mais eu ser uma mãe. Mãe de verdade, que chora, se frusta e tem vontade de fazer suquinho de filho. Mãe que chora com as conquistas dos filhos, que deixa planos de lado pelos filhos, que se culpa sem motivo nenhum. Mãe que é mulher. Tem desejo, prazer, é corpo, mente e coração. Mãe que é gente. Que erra tentando acertar e acerta achando que está fazendo errado...
Minha mãe ama ser mãe. Eu também amo ser mãe, e amo muito ser sua filha...

A todas as minhas razões diretas e indiretas (amigos, terapia, marido, pai...)

AMO VOCÊS!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Mãe de goleiro sofre!

No último domingo tive minha primeira experiência como mãe de goleiro. Gabriel fez sua estréia no futsal num jogo aqui em Itupeva. A ansiedade dele era tanta que acordou as 6:30h e só jogaria as 9:00h. A minha ansiedade também era grande, ficava pedindo para que ele não se decepcionasse...

Enfim, fui para o ginásio e alguns minutos depois entrou todo o time de mão dada, e o Gabriel devidamente uniformizado como goleiro. Era notável seu nervosismo, um meio sorriso que teimava em ir e vir. Seus olhinhos correram a arquibancada... eu sabia, ele estava nos procurando. Assim que nossos olhos se encontraram ele deu um aceno com a cabeça.

Nessa hora lágrimas já corriam pelo meu rosto. É nessas horas mãe é tudo babona... E no meu coração o pedido para que ele não se decepcionasse...

Ele começou no banco, já que eram muitos jogadores e o técnico foi trocando todos ao longo do jogo. Para meu desespero o Gabriel foi o último goleiro a entrar...
Quando ele entrou meu coração doeu. Torcia para ele jogar bem, mas torcia mais para a bola nem ir na direção do gol dele e quando me dei conta disso, ri discretamente.

Foram momentos de angústia, e embora tenha tomado um gol, foi com seu time que o time de Itupeva empatou o jogo. A cada gol ele vibrava, torcia...
O jogo terminou e minha angústia também...
Ele veio todo suado, fedido nos abraçar. Mas muito feliz e orgulhoso! Eu também!

É, acho que como mãe muitas vezes vou torcer para que a bola nem chegue perto dele, com medo que ele erre, perca, se frustre, se decepcione...
Mas só dá pra crescer, se desenvolver, enfrentando os atacantes e correndo pra pegar a bola.

Muitas vão entrar. Algumas ele vai pegar. Outras ainda sairão pela linha de fundo.

O que desejo é que independente disso eu possa sempre estar na arquibancada para abraçar meu filho ao término dos jogos da vida. Mesmo que ele esteja fedido e suado!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sonhos de olhos bem abertos!

Aprendi a sonhar a pouco tempo.
Sonhar de olhos abertos, coração apaixonado, mente rodando.
Aprendi a responder o que quero ser, onde quero chegar...
Pra sonhar é preciso se ver hoje, querer mudar, pra conseguir chegar lá!

Sonhar é difícil. Sonhar dói. Sonhar nos deixa sem máscaras para nós mesmos.

Aprendi a adiar os sonhos agora pouco.
A dor é de luto. Penetrante no coração.
O sonho fica parecendo sonho de olho fechado.
Distante, sem cor, sem nexo, apavorante.

Adiar os sonhos traz lágrimas. Um leve toque de “porquês”.

Mas, sonho que é sonho pode ser perseguido.
Até a morte, até além morte.
Pode ser realizado mesmo que diferente do idealizado.
Pode ser provado, esfregado na cara.

Aprendi a sonhar. Aprendi a adiar. E não é que continuo em pé?