domingo, 27 de fevereiro de 2011

Uma segunda chance

Adoro as segundas chances que aparecem em minha vida. Independente do caminho que vou trilhar é sempre uma forma de aprendizado, seja errando de novo, acertando ou descobrindo algo espetacularmente novo.

Nessa semana tive a oportunidade de viver uma segunda chance. Tive pânico, medo, febre, insônia, fui ao inferno, mas voltei!

Primeiro, acredito que sofremos ao passar por uma situação semelhante porque focamos no que perdemos. A simples possibilidade de se machucar, se ferir, se perder de novo nos paralisa!

Depois temos a tendência a achar que dessa vez saberemos lidar, podemos controlar sozinhos, não precisamos das pessoas e, no meu caso, muito menos de Deus. Até mesmo como uma prova que dessa vez seremos capazes. Uma prepotência tipicamente humana, que nos coloca acima de tudo, donos e senhores da verdade. Colocamos culpa em muitas outras coisas para o fracasso anterior, menos em nós mesmos!

E com isso vamos trilhando o mesmo velho caminho...

Acredito que há muitas formas de se fazer um caminho novo, para mim foram importantes algumas atitudes: reconhecer os meus erros na situação anterior, admitir que não faço a menor idéia do que fazer e sempre viver a verdade!

Isso trouxe mais alegria ao processo ou deixou tudo mais fácil? Não, nem um pouco! Nenhuma dessas atitudes é fácil e, confesso, que precisei de muitos meses para ter essas atitudes!

Primeiro, admitir erros significa se olhar, gastar tempo olhando o quão miserável sou e muitas vezes requer perdão para conosco e dos outros. Significa cutucar velhas feridas...

Admitir que não consigo sozinha... isso quase não existe para mim! Literalmente, tive que cair de joelhos em pranto e clamar: Sozinha, não consigo! Fiquei no limbo muitas noites, uma sensação de inutilidade. Mas Deus foi tão amoroso que deu respostas tão lindas do seu cuidado, diretamente dele e através de pessoas mais que especiais.

E por último, viver a verdade! E isso para mim tem a ver com fazer a minha parte. Posso admitir que não consigo e colocar nas mãos de Deus o desfecho, mas isso não tira minha responsabilidade em fazer as coisas certas. O certo é sempre o certo, não importa a condição que estamos. E para mim, a verdade sempre será o caminho certo!

Vivendo tudo isso o fim será sempre bom para a gente, certo? Errado... pelo menos na nossa visão humana. Muitas vezes trilhar esse caminho significa perder um emprego, um amigo, um amor, até mesmo a vida... Nesse caso em particular, acho que só ganhei, mas foi longe de ser o que realmente desejava!

Então, qual a vantagem?

Não sei exatamente a resposta. Mas para mim foi um aprendizado lindo, não pelo resultado, mas pelo processo! Me ver, confiar em Deus e nas pessoas e viver a verdade...

Sei que é um processo eterno, vou falhar em muitos, acertar um tanto, perder, ganhar, chorar e sorrir...
E não é isso a vida? E como não temos uma segunda chance de vivê-la, pelo menos aqui, vamos aprender com ela!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Porto

Quase sempre nos encontramos entre lágrimas
Hoje não é diferente
Entre lágrimas, dor e saudade
Quero Te sentir, meu Porto Seguro

Mesmo sem querer foi pra Você que voltei
Andei outros mares
Conheci outros braços
Mas no fim, volto e choro

E você me aceita
Nem repara nos anos que perdi
Na alegria que se foi
No medo nos meus olhos

Olha pra mim
Só vê o que há de bom
Me ama tanto
Que me deixa livre pra ir

E quase sempre vou...
Acabo Te deixando pra traz
Pra voar, navegar
Pra Te deixar e depois voltar...

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ah, poesia

Se um dia me encontrar lendo uma poesia
E não ver nenhuma lágrima em meus olhos
Nem me ouvir suspirando
Ou ver de repente um sorriso nos meus lábios...

Se por alguns segundos eu não repetir o nome dele milhões de vezes
E não ver meus pensamentos cheios de dor
Nem me ouvir cantarolar Cazuza
Ou ver minhas pernas bambas

Se eu não estiver respirando pelos ouvidos
E não sentir o gosto da saudade
Nem ouvir o mar em meio ao vale
Ou ver as cores das desilusões pelas mãos

Simplesmente, me enterre
Terei morrido!