quarta-feira, 11 de março de 2009

Mãe de goleiro sofre!

No último domingo tive minha primeira experiência como mãe de goleiro. Gabriel fez sua estréia no futsal num jogo aqui em Itupeva. A ansiedade dele era tanta que acordou as 6:30h e só jogaria as 9:00h. A minha ansiedade também era grande, ficava pedindo para que ele não se decepcionasse...

Enfim, fui para o ginásio e alguns minutos depois entrou todo o time de mão dada, e o Gabriel devidamente uniformizado como goleiro. Era notável seu nervosismo, um meio sorriso que teimava em ir e vir. Seus olhinhos correram a arquibancada... eu sabia, ele estava nos procurando. Assim que nossos olhos se encontraram ele deu um aceno com a cabeça.

Nessa hora lágrimas já corriam pelo meu rosto. É nessas horas mãe é tudo babona... E no meu coração o pedido para que ele não se decepcionasse...

Ele começou no banco, já que eram muitos jogadores e o técnico foi trocando todos ao longo do jogo. Para meu desespero o Gabriel foi o último goleiro a entrar...
Quando ele entrou meu coração doeu. Torcia para ele jogar bem, mas torcia mais para a bola nem ir na direção do gol dele e quando me dei conta disso, ri discretamente.

Foram momentos de angústia, e embora tenha tomado um gol, foi com seu time que o time de Itupeva empatou o jogo. A cada gol ele vibrava, torcia...
O jogo terminou e minha angústia também...
Ele veio todo suado, fedido nos abraçar. Mas muito feliz e orgulhoso! Eu também!

É, acho que como mãe muitas vezes vou torcer para que a bola nem chegue perto dele, com medo que ele erre, perca, se frustre, se decepcione...
Mas só dá pra crescer, se desenvolver, enfrentando os atacantes e correndo pra pegar a bola.

Muitas vão entrar. Algumas ele vai pegar. Outras ainda sairão pela linha de fundo.

O que desejo é que independente disso eu possa sempre estar na arquibancada para abraçar meu filho ao término dos jogos da vida. Mesmo que ele esteja fedido e suado!