terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Metade criança, metade louco


Uma das frases mais legais que ouvi recentemente foi que na verdade não nos transformamos, mas voltamos a ser o que fomos feitos para ser. Resumindo, com a maturidade, voltamos a nossa essência.

Na minha cabeça somos mais essência quando somos crianças. Talvez até ainda sem consciência.
Mas gosto de pensar nisso. Quanto mais maduros (e isso nem sempre tem relação com a idade...), mais crianças ficamos.

Pensando assim, na prática, eu seria mais egoísta. Falaria mais o que quero e que horas quero, choraria quando contrariada, falaria a verdade (principalmente quando perguntada se gosto daquele presente sem graça...), riria das bobeiras, brigaria com a mesma rapidez que perdoaria, gostaria mais da terra, ficaria descalça mais tempo, teria um cachorro, passaria mais tempo com minha mãe, teria muito mais fé, sentiria medo do escuro mas enfrentaria-o abraçada a meu ursinho, teria super poderes, sonharia mais com o que eu quero ser quando crescer, inventaria mais histórias...

Utopia passar pela vida e conseguir voltar a essa essência. Mas alguns, aqueles chamados de loucos, diagnosticados com doenças e rotulados como alienados, tem esse privilégio.

Maturidade? É ser metade criança, metade louco.