Eu sou tudo aquilo que passo por cima
E o resto que paro e pego
Sou uma estrada sem destino
E também o caminho seguro
Sou a mais destemida criatura
Um ser que se encolhe diante da vida dura
Sou busca incansável
Sou descoberta improvável
Sou doce preguiça
Tenho crueldade natural
Sou um choro real
E risadas espontâneas
Sou pura paixão
Sou noite de solidão
Sou amor incabível
Sou ódio contido
Eu sou um instinto que sobrevive
E também a razão que simplesmente existe
Eu sou o que vejo
E também a escuridão que me vê
Sou o amor inexplicável
Sou a saudade palpável
Sou as pegadas da amizade
A dor de ser deixada
Sou os erros que cometo
Sou a paz do acerto
Sou a dor que nunca sairá
Sou a cura incompleta
Sou a certeza dos outros
E a minha inquietação
Sou constante na transformação
Sou vícios que nunca deixarei
Sou de tudo um pouco
E de pouco, quase tudo
Sou contentamento
Sou provocação
Sou o que fui
E o que deixei
Sou o que sou
E o que me ensinarei
domingo, 12 de setembro de 2010
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