quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A música da minha alma

Amo arte. Talvez a sétima, seja a mais prazerosa. Mas cada vez mais tenho certeza de que a música é que liberta minha alma!
Confesso que invejo os compositores e letristas. Queria ter 10% da inspiração deles para poder gritar em bemóis e sustenidos o que se passa no meu coração. Tento, com meus textos, mas queria essa inspiração divina presente na pauta da minha vida.
Fiquei com vontande de falar sobre música, porque essa semana está sendo marcada por elas.

No domingo ganhei um presente ao ouvir em pleno louvor da igreja, a música Paciência, do Lenine. Chorei de rolar lágrimas que acompanharam cada acorde! Em todos os momentos mais desesperadores da minha vida, eu sempre quero ouvir Lenine. Normalmente termino chorando, lavo a alma! Nesse mesmo dia, no mesmo louvor ouvi duas músicas do Guilherme Kerr, que parece que escreve assim como eu respiro, tão natural, tão intenso. Senti uma paz incrível.

Durante a semana, quando os meninos estão com o pai, resolvi ouvir música. Rita Lee. Ah, eterna rebelde, que me faz acreditar que ainda há tanto pra viver. Paralamas. Meu primeiro show aos 14 anos, no Olympia, inesquecível. Anos depois (muitos) pude ver o mesmo Hebert, numa cadeira de rodas, com a mesma energia e letras politizadas e humoradas. Chorei muito nesse dia, ao ver um "ídolo", sentado, mas não vencido! Um amigo postou no facebook "Eu seu que vou te amar" cantada pelo Tom (para os íntimos) e acho que ai minha alma já estava escancarada! Hoje, resolvi ouvir música clássica. Meu Deus, se não é sua doce voz, o que será????

E veio essa vontade louca de escrever sobre música. Na verdade deu vontade de declarar meus amores e paixões, de chutar um monte de coisa pro alto, de viver... Ah, é a música que invade e liberta minha alma.

Mas, a cereja do bolo, ou o último acorde, aconteceu agora pouco. Antes de escrever procurei no you tube minha música predileta: Cinema Paradiso. Nunca, mas nunca mesmo, ouvi essa música sem chorar. Poderia ouvi-la horas sem fim e choraria horas sem fim! Lembro exatamente da primeira vez que a ouvi, no cinema, ainda pequena, vendo o filme com o mesmo título. Não preciso dizer que também é meu filme predileto! Seguido de outra dupla música/filme, Perfume de Mulher. (Um dia vou aprender a dançar tango!)

Não tenho o dom da composição, mas me contento em admirar a inspiração divina que encontro nas músicas da minha vida.

Obrigada Jobim, Lenine, Hebert, Rita, Morricone, Kerr, Jr, Bach e tantos outros que me ajudam a ver a linda melodia que tenho dentro de mim!

4 comentários:

Fabi disse...

Cassia, não sabia que sua música e seu filme prediletos eram "Cinema Paradiso"... meus também!!!

Gosto tanto que no meu casamento (óbvio!) tocou essa música na troca das alianças...

Tenho um CD do Cinema Paradiso (se quiser emprestado) que tem essa melodia em várias versões, com rítimos e instrumentos diferentes... não tem erro: quando a obra é boa, emociona em qualquer versão.

Viva a música! E viva Morricone! (queria ter ido na apresentação dele no ano passado, mas o ingresso era 800 reais)!

Bjs!

Cassia Carrenho disse...

E vc acha que não chorei no seu casamento!!!??? Rs

Pablo B. disse...

É a música! É a música!

Kika disse...

Cá, Amiga

Lindo texto sobre a música que para mim é uma linguagem quase perfeita ( se não existisse a surdez) libertação é apenas uma de suas muitas bençãos né. Saul que o diga com a harpa.
Cinema Paradiso é meu filme predileto tenho DVD e revejo sempre... moricone é tudo de bom.
Eu faço tudo, mas, tudo com música.
Nem Deus vive sem música.

Saudades