quarta-feira, 23 de março de 2011

Tsunami e terremoto

Não tenho problemas com o caos. Gosto da idéia de agitação, de mudanças e de correria. O que me apavora é a calmaria.

É aquele exato momento que não há nada a fazer. Não há do que correr, a grande onda não vem, os prédios não estão caindo.

Não é que não haja problemas. Eles existem e são até em grande escala. Mas não posso fazer nada por eles. O poder é tirado de mim, só posso ficar parada, esperando sei lá o que...

Normalmente nessas horas arrumo um copo de água e faço uma tempestade. Faço caos nos meus sentimentos, dou vazão a todos os desejos, sem pensar na conseqüência. Ou melhor, torcendo que a conseqüência me tire da calmaria!

Na calmaria perco o poder, tenho tempo para me olhar, ver os pedaços que faltam, as tristezas reais e permanentes, a minha total humanidade.

Por enquanto não consigo dizer: EU PRECISO DA CALMARIA
O máximo é: EU QUERO DESEJAR ESSA CALMARIA

Isaías 30:15 – “...Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança a vossa força, mas não o quisestes”

Um comentário:

Fabi disse...

Ai, eu já sou justamente o contrário... tenho horror ao caos, aos imprevistos (ruins, lógico!). Sofro MUITO quando a vida está tumultuada...não sei lidar com isso... fico tensa, agoniada, às vezes até revoltada.... dou muita cabeçada porque NÃO ACEITO as adversidades da vida... fico exausta, nadando contra a maré no maremoto... tentando restaurar a PAZ o tempo todo...

E adoro a sensação (tão rara!) de tranqüilidade... são nos poucos momentos de PAZ que consigo refletir sobre TUDO, me olhar de verdade, exercitar mudanças e realmente aproveitar a VIDA!

Beijos!!!