domingo, 22 de maio de 2011

Metades

Acordei com o coraçao cheio
Emoções reais e idealizadas
Dançavam na mesma valsa

E o que parecia ser sol
Virou eclipse
Total

A alma pediu calma
Virou pó
Saiu nas lágrimas

Senti as lágrimas que abraçam
Eterno carinho
Deslizam fazendo amor

Senti as lágrimas que chicoteiam
Que vão rasgando
Deformando a carne

Agradeci meus novos amores
Meus bens
Me envaideci

Amaldiçoei aos gritos
A total incapacidade, minha
De abraçar quem mais amo

Me abri pras coisas novas
Sensações que alucinam
Boas e ruins

Me fechei como ostra
Solidão na concha
Tenho medo de não sair

Chega o fim do dia
Não é dualidade
É só metade...

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