domingo, 29 de maio de 2011

Partidas e chegadas

Eu me emociono em aeroportos. Não importa se estou indo viajar, buscando alguém ou só passei por passar...

Gosto de observar as pessoas. Os abraços, as lágrimas, e os acenos de despedida. Ao mesmo tempo, tem os abraços, lágrimas e acenos dos reencontros.

Também tem gente que chega e ninguém a espera. Tem os que esperam por horas por alguém num vôo atrasado. Tem também grupos imensos que vão se despedir de uma única pessoa.

Tem os reencontros dos casais. Nunca me esquecerei uma vez em que um rapaz mal surgiu no desembarque e uma moça completamente apaixonada correu até ele, pulou, o embraçou com todo o corpo e beijaram-se loucamente. Foi lindo! Tem os casais mais comedidos. Mas todos enchem meu coração e alma. E tem as despedidas dos casais. As vezes fica um silêncio. Um abraço que dura anos, que não se desgruda até a última chamada. Dói meu coração.

As crianças são um espetáculo a parte. As que esperam perguntam a toda hora se o avião já chegou. As que sabem ler não tiram os olhos do painel de aviso. E quando uma criança desponta pela porta e vê um vô, uma vó, ou os pais? Simplesmente larga tudo, sai correndo e pula no colo! Hoje recebi um abraço assim do Rafael!

E tem a pior de todas as esperas. Quando o avião não chega. Todas as vezes que acontece um acidente penso nas pessoas que estão no aeroporto esperando. A falta de notícia, a confirmação, a certeza de que por trás da porta do desembarque não surgirá o rosto tão esperado.

Hoje fui ao aeroporto. Me emocionei. Mais do que o normal. E, talvez, não, com certeza, porque tenho vivido num aeroporto. Dando adeus e reencontrando.
Tem dia que as lágrimas tem sido de pura alegria pelo reencontro, e tem dia que só tem a tristeza pelos rostos que não aparecerão mais.

A vida é assim. Continuarei essa viagem. As vezes esperando, as vezes embarcando. Mas sempre escolhendo as partidas e chegadas que quero participar!

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